Cerca de cem municípios brasileiros estão realizando simultaneamente desde o dia 31 de julho até sábado, dia 7 de agosto, a terceira edição do Vídeo índio Brasil (VIB). Uma semana inteira dedicada a exibição de filmes com temática indígena. Em Queluz, o Ponto de Cultura da cidade será o responsável pela realização do festival, que acontecerá na sede do projeto, com entrada franca, sempre a partir das 19h. Debates com professores e convidados de outras áreas, também estão programados.
Serão exibidos longas e curtas-metragens nas categorias documentário, ficção e animação, compondo uma diversidade de produções realizadas por índios e não índios que mostram, por meio do audiovisual, peculiaridades da cultura indígenas de todo Brasil.
Patrícia Ramos, coordenadora do Ponto Queluz de Cultura, disse que a realização do festival na cidade é uma oportunidade de resgate histórico da cultura local. “Queluz, pelos registros históricos, foi constituída a partir da aldeia dos índios Puris. É a história desse povo tão importante para o nosso país que estará sendo retratada nos filmes que serão exibidos”, finaliza.
Nesta quarta-feira, dia 4, está programada a exibição de “Mokoi tekoá petei jeguatá - duas aldeias, uma caminhada”. Na quinta-feira, dia 5, “Kré” e “Kene Yuxi, as voltas do kene”, serão os vídeos exibidos.
“Indígenas digitais” e “A gente luta, mas come fruta” serão exibidos na sexta, dia 6.
O filme “Terra vermelha”, com Matheus Nachtergaele, foi escolhido para encerrar o evento, no sábado, dia 7, às 19h. O filme mostra o suicídio de duas meninas Guarani-Kaiowá que desperta a comunidade para a necessidade de resgatar suas próprias origens, perdidas pela interferência do homem branco. Um dos motivos do desaparecimento gradual da cultura reside no conflito gerado pela disputa de terras entre a comunidade indígena e os fazendeiros da região.
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