terça-feira, 3 de agosto de 2010

OBRA COR DE ROSA

Mulheres se destacam no curso de pedreiro oferecido pela Prefeitura de Queluz


“Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda”. Esse trecho da música Mulher, do cantor Erasmo Carlos, mostra exatamente o perfil das mulheres na sociedade contemporânea.

Hoje, as oportunidades são “praticamente” iguais para homens e mulheres, principalmente na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Segmentos que antes eram ocupados apenas por homens, começam a ganhar ares cor de rosa com maior frequência, como o setor da construção civil.

Em Queluz, o curso de pedreiro, uma parceria entre a prefeitura e o SENAI, mostrou que mulheres também podem exercer essa profissão, dominada pelo sexo oposto.

As nordestinas, Maria Nilza de Souza, do Piauí, morando há um ano em Queluz, e a baiana Michele Dantas, há dois, concluíram o curso na última sexta-feira, dia 30, e se destacaram entre os quase 20 outros participantes, todos homens.

Elas contam que saíram de seus estados para acompanharem seus maridos que conseguiram trabalho na construção da Pequena Central Hidrelétrica, que segue em ritmo acelerado no município. “Onde morávamos não ofereciam oportunidades de emprego, muito menos capacitação, por isso temos que ir para onde tem trabalho”, contam.

Michele foi a primeira a entrar no curso. Depois de muita insistência, Nilza conseguiu convencer o marido a deixá-la participar. “Eu estava com muita saudade da minha família e da minha cidade, então disse ao meu marido que queria ir embora. Quando comecei o curso parei de reclamar, aí ele aceitou”, conta aos risos a dona de casa.

Da dupla, Nilza é a mais desinibida. Ela fala que nunca viu uma mulher exercendo a profissão de pedreiro por todas as suas andanças pelo Nordeste. “Eu achei um máximo esse curso. Nunca vi uma mulher trabalhando em uma obra, muito menos aprendendo como se constroi uma casa”, disse.

Durante o curso, o instrutor Salin Chaaban, não as tratou diferente dos outros participantes, só pelo fato delas pertencerem ao sexo feminino. “Não tem privilégios. Elas foram tratadas da mesma maneira que todos. Se elas erravam, desmanchavam tudo o que já tinham feito, e refaziam, assim como todos os outros”, disse Salin.

A piauiense, mãe de três filhos, conta que a família se divertiu quando ficaram sabendo que ela estava participando do curso. “Eles acharam engraçado. Pra eles isso é diferente, assim como era pra mim, mas me acostumei com a ideia. Meu sonho agora é construir a minha casa com minhas próprias mãos”.

Agora, dominando o básico dos trabalhos de uma construção, elas iniciaram na segunda-feira, dia 2, o curso de pedreiro revestidor, também oferecido gratuitamente através da parceria da prefeitura com o SENAI. E elas garantem: “Estamos prontas para esse novo desafio”.

REPORTAGEM: LUIS OTÁVIO DA SILVA/ASSESSOR DE IMPRENSA

Michele Dantas, mãe de dois filhos, veio da Bahia para Queluz e participou do curso de Pedreiro

Nilza de Souza, mãe de três filhos, uma piauense arretada, depois de convercer o marido a deixá-la participar do curso Pedreiro, quer construir sua própria casa

Essas nordestinas, adotaram Queluz e já se acostumaram a tranquilidade da cidade. Para elas, a possibilidade de participarem de cursos de capacitação é muito importante.

Mulheres provam que o sexo feminino pode ocupar qualquer profissião, antes exercida apenas por homens

FOTOS PAULO SAMPAIO/COMUNICA QUELUZ

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