04/03/2011
210 ANOS DE FUNDAÇÃO E 169 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICO ADMINISTRATIVA
Um pouco da história
A 12 de fevereiro de 1801, Antônio Manoel de Mello Castro e Mendonça, governador e Capitão-General da Capitania de São Paulo, concedeu uma Sesmaria a 86 índios Puris que viviam disseminados nesta zona do Vale do Paraíba e nos contrafortes da Mantiqueira, nas terras compreendidas entre o aludido rio, os ribeirões das Cruzes e Entupido, e a serra “território destacado do da Vila de Lorena” a fim de que passassem a viverem em sociedade, legal e cristãmente organizados.
Na mesma ocasião estatuiu o governador que a nova localidade chamar-se-ia Aldeia de São João Batista de Queluz, e teria como diretor Januário Nunes da Silva, e como pároco o Pe. Francisco da Chagas Lima. A paróquia foi criada pela provisão de 22 de março de 1803, instituindo-se o distrito de paz.
Assim foi que, instalada a aldeia, a antiga taba do gentio se transformou numa povoação cristã. No local das ocas rústicas, ergueram-se as casinhas caiadas e cobertas de telhas. A serena prosperidade de Queluz deve-se certamente à dedicação do catequista, padre Francisco das Chagas Lima e posteriormente seu sucessor o Pe. José Reboussa da Palma, e a energia do administrador local Capitão Januário Nunes da Silva.
O rebanho humano aqui congregado foi crescendo social, econômica e politicamente, tanto que, já aos 4 de março de 1842, pela Lei Provincial nº 15, foi elevada a condição de Vila com o nome de “Vila de São João Batista de Queluz” e sede de município cujo território se desmembrou de Areias.
A primeira eleição de vereador realizou-se em 7 de setembro de 1844, sendo eleitos para a Câmara Municipal 7 Vereadores, segundo a legislação da época. São eles: João Lopes da Silva, Germano Félix de Oliveira, Manoel Raimundo de Carvalho, Luiz Ferreira da Palma, Francisco Thomaz de Oliveira, Fortunato José Gonçalves e Israel José de Macedo, sendo eleito Presidente o Vereador João Lopes da Silva.
Em 1875, a Lei nº 29 de 17 de abril, criou a Comarca de Queluz. Com o título e foros de simples Vila, viveu Queluz até 10 de março de 1876. Nessa data, uma Lei, que por coincidência recebeu, também, o nº 15, elevou-a à categoria de cidade, que até hoje conserva.
A cana, o milho, o café e a pecuária formaram as principais fontes da economia local. Espalharam-se pelos campos as fazendas, que o braço africano escravo fez prosperar, cujas sedes ainda existem... Fazenda São José, Restauração, Bella Aurora, Cascata, São João, Fazenda das Palmeiras, Santa Maria e Fazenda Casa Nova.
Iniciada a era da imigração, o italiano veio colaborar com o progresso da cidade, dedicando-se, sobretudo ao comércio e a pequena indústria. Que hoje passam por um momento de crescimento e aquecem a economia local.
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